O segundo álbum dos Corrs é sem dúvida alguma um dos melhores álbuns alguma vez editados por uma banda (e não estou a sobrevalorizar! nem um pouco, senão vejam por vocês próprios). Uma grande equipa, dos melhores produtores de música mundiais fizeram um grande esforço para que este fosse o álbum definitivo dos The Corrs para os fãs, e provavelmente é (se não vejam: foi o 4º álbum mais vendido dos anos 90!!!).

Alinhamento:

Only When I Sleep
When He’s Not Around
Dreams
What Can I Do
I Never Loved You Anyway
So Young
Don’t Say You Love Me
Love Gives Love Takes
Hopelessly Addicted
Paddy McCarthy (Instrumental)
Intimacy
Queen of Hollywood
No Good For Me
Little Wing

Only When I Sleep

A canção começa com a guitarra de Jim a dar a impressão que se trata de puro rock, mas a voz de Andrea clareia a música, contando uma história dramática. Ela está apaixonada, mas apenas consegue ver o seu amado durante o sono. Quando acorda tudo se desvanece e de manhã tem uma vontade desmesurada de o ver novamente, mas… ele não existe! O sonho é tão intenso que se confunde com realidade. A letra está cheia de paixão e é provavelmente aquilo que Andrea tem andado a sonhar. A mistura da flauta com o violino é deveras boa.

When He’s Not Around

É uma história de amor (que novidade!!) da maior sinceridade possível. Ela ama-o de tal forma que não suporta estar longe dele. Apesar de ele ser como diz na canção “uncool” e “unsophisticated”, o amor deles passa por cima de todos esses pormenores. É uma música suave com um cheirinho a Pop , mas o violino de Sharon mantém o equilíbrio entre o pop e o tradicional.

Dreams

Uma das melhores reconstituições de uma Música original “Fleetwood Mac”. O bom que esta canção nos oferece é o facto de misturar perfeitamente o moderno e o tradicional, mas não esquecer três vozes maravilhosas. A canção descola com o violino e a flauta, a seguir aparece Jim com a guitarra acústica, enquanto que o Bodhran constrói o seu espaço com muita segurança. Esta é uma das poucas canções onde se consegue ouvir tão bem as vozes de Sharon e de Caroline como a de Andrea.

What Can I Do

Uma canção triste: Uma discussão e ele foi-se embora. A terminar esta história fica a marca bem patente durante toda a canção que ela o quer devolta e assim “What can i do to make you love me”, pergunta ela. A letra é triste, mas nota-se que há esperança e é acompanhada por uma grande composição do violino: é quase tiro e queda gostar desta canção. É uma das melhores músicas de “Talk on Corners”.

I Never Loved You Anyway

Ele deixou-a e arranjou outra rapariga, o que desencadeia uma série de críticas ao rapaz, nomeadamente dizendo que nunca gostou dele, e que só se arrepende de não tê-lo deixado primeiro. Dá a entender que quer ir ter uma conversa de rapariga para rapariga. Vingança? A canção ilustra bem as coisas que não correm bem numa relação amorosa. É uma composição musical bastante boa com a utilização do violino, flauta, bodhran e guitarra. A letra da canção vai um pôr um sorriso na cara de quem a ouvir especialmente a parte “Valentino? I don´t think so!”.

So Young

Uma canção muito alegre, parecida a “The Right time”, mas com menos elementos tradicionais. É sobre a felicidade, a alegria de ser… jovem. O mundo está aos pés deles e ainda são tão novos. Com um bocadinho de imaginação deixamo-nos levar pela emoção e consegue imaginar-se aquilo que é descrito na canção e: tudo é possível. Sharon faz boa figura, mas é a bateria de Caroline que faz o núcleo da canção.

Don’t Say You Love Me

Esta música retrata bem o medo de alguém que já passou por um relacionamento falhado, e que não quer entregar-se novamente, sem ter a certeza de que é para sempre, porque não quer voltar a passar pelo mesmo. Ela pede assim: “Don’t say you love me, unless forever” e “Don’t give me this feeling, I’ll only believe it; Make it real or take it all away…”. É uma música bastante calma, com o ritmo marcado pela bateria, e com o coro que reforça a mensagem da letra.

Love Gives Love Takes

Esta música relata-nos os altos e baixos de uma relação amorosa. O amor pode ser maravilhoso e dar-nos felicidade ilimitada, mas também pode causar danos irreparáveis. É uma música menos dramática que outras e também menos tradicional, não deixando por isso de ser uma grande canção. A bateria de Caroline e as vozes de fundo são as principais razões para a qualidade desta canção.

Hopelessly Addicted

Outra boa música. Fala-nos de uma rapariga e do rapaz que até aquele dia sempre foram apenas e só amigos. Numa manhã ela acorda com um desejo ardente de estar com ele e percebe que esteve apaixonada desde o primeiro momento. A música é suave, condiz com a história da letra, e possui um ritmo bastante alegre.

Paddy McCarthy

Esta música é misteriosa, difícil de ser tocada e provoca um sentimento difícil de descrever nos ouvintes. Mas enfim, é isto que diferencia os The Corrs das outras bandas. É uma música bastante diferente das outras instrumentais que eles nos têm habituado, mesmo assim de uma qualidade altíssima. Simplesmente “deliciosa”.

Intimacy

Uma canção jeitosa, que poderia ser melhor. É uma balada suave, ao estilo de uma música de embalar, que possibilita o destaque da interpretação da Andrea. Podia ser só mais uma balada mas como é cantada por ela (com o suporte dos outros) já se torna em qualquer coisa especial.

Queen of Hollywood

Chegámos à minha favorita, esta música toca no coração de todos os que a ouvem (inclusivé no de Andrea, como ela própria diz). Quando a canta, Andrea chega a chorar!!!. É a história de uma rapariga que vai em busca de um sonho, só que a mãe, o namorado e os amigos não compreeendem a razão da sua busca de conquistar Hollywood. Ela tem de lutar muito, e sozinha contra a maré, até que consegue alcançar o seu sonho. A mãe dela está orgulhosa, mas “if she saw behind the curtains, it could only make her cry”. A canção conta-nos o lado obscuro de Hollywood, os esforços , as lutas que cada um tem de fazer para chegar ao seu objectivo, porque a fama tem um preço, mas será que vale a pena? O tema lírico é pesado e a música muito dramática (possivelmente a mais dramática de todas). O violino e a bateria conseguem uma mistura única que apoiam em muito a letra de Andrea. É muito impressionante e provavelmente uma das melhores músicas dos The Corrs. A voz angélica que Andrea possui e a paixão que põe quando canta esta música tornam-na numa das melhores composições músicas de sempre da história da música (parece muito, só para uma música não é?), mas ouçam a música e perceberão!

No Good For Me

A história (para variar é sobre o amor): Ela está apaixonada por um homem casado a imagina como seria bom estar com ele. A letra da música é tão intensa que se consegue sentir a dor que ela sente por não poder estar com ele (por ele ter outra rapariga). O ritmo é lento e o violino de Sharon faz a espinha dorsal da música. A música acaba como um susurro no meio de uma noite negra.

Little Wing

O original “Litle Wing” é absolutamente genial, mas quando os The Corrs se juntam ao Chieftains (outra banda irlandesa) isto torna-se coisa séria, tem a mistura de todos os intrumentos tradicionais : 2 Flautas, 3 “Fidles” (não sei o que é), 2 Bodhrans, Harpa e uillean pipes (também não faço ideia.). A fusão de todos estes instrumentos complementam de forma perfeita a linda voz de Andrea. Esta versão “irlandesa” da música de Jimmi Hendrix é um dos alicerces do álbum.